dezembro 18, 2014

Ir ou ficar?



Nos últimos dias a minha cabeça tem dado voltas e voltas e ando desanimada como tudo. O fim do ano aproxima-se e mais um em que não consegui arranjar emprego. Farto-me de enviar currículos e de ver ofertas. Mas, verdade seja dita, também não há muitas ofertas e isto anda pelas ruas da amargura.

Sempre fui independente e nunca precisei de ninguém para sobreviver. E custa muito passar a depender do marido/namorado. Não consigo estar bem assim. Saber que preciso de comprar algumas coisas para mim e para o meu filho e não posso contribuir para isso, é penoso e deixa-me algo desconfortável. Eu sei que somos uma família e que o que há é para todos, mas não há nada como ter a nossa independência e contribuir para os gastos mensais que não são poucos.

O meu filho foi para a creche para se ir habituando, isto para que quando arranjasse um emprego ele não tivesse que ir de repente e lhe custasse imenso. Foi há um mês e até agora nada. Será que fiz bem? Sei que ele gosta muito de lá estar, brinca com outros meninos e diverte-se, mas se eu estou em casa ele não devia estar comigo? Sinto-me mesmo mal a pensar nisto.

Todos me dizem que vou conseguir e que não posso desanimar. Mas quando o tempo começa a passar e nada acontece, é difícil não desanimar e deixar de ficar triste. Principalmente quando começamos a pensar que o melhor talvez veja ir viver para fora durante um ano (tempo que o meu marido pode pedir licença sem vencimento). Eu não quero! Não quero mesmo! No entanto, e se as coisas não melhorarem, é o que vai acabar por acontecer. Só o dinheiro dele não chega e estamos a mexer nas poupanças e, de onde se tira e não se mete, já sabemos o que acontece. Quero conseguir dar ao meu filho (e a nós) uma vida confortável. E, independentemente do que acontecer, é por isso que vou lutar.

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