janeiro 29, 2015

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Já muita gente me perguntou por que motivo, estando eu em casa sem emprego, vai o meu filho para o infantário e estou a pagar sem necessidade. Pois bem, não é bem sem necessidade porque se assim fosse, ele não ia certamente.

Estou sem emprego e com muito tempo disponível é verdade. Se o que pago no infantário me faz falta nesta altura? Claro que sim. Estou a pagar €180 e só levo fraldas. Toda a alimentação, assim como as toalhitas, são dados por eles. É muito, é pouco, não sei. Este infantário é privado porque não consegui vaga no público e, sinceramente, pelo que vi, não é muito caro.

Eu podia estar com o meu filho em casa. Evitar todas as doenças que o infantário provoca e o deixam constantemente doente. Enfim, uma série de coisas. Mas, como em tudo na vida há sempre um "mas" aqui não seria exceção.

Ora, eu estou à procura de emprego. Vou a entrevistas e faço muitas outras coisas que estando com o meu filho não podia fazer. Vivo em Leiria longe da minha família e da do meu marido, pelo que não temos ninguém que fique com ele para um desenrasque. O meu marido trabalha e muitas vezes faz serviços de 24h e ele não tem a flexibilidade de ficar em casa sempre que preciso de sair, para ir a uma entrevista, por exemplo.

Por isto e muito mais, é que o meu filho está no infantário. Se eu arranjar emprego ele já está habituado e não vai ser nenhum choque para mim e pare ele. Estou sempre disponível para ir a entrevistas e não tenho o stress de pensar com quem deixar o bebé. Acaba por ser uma segurança para nós que não temos ninguém - ninguém mesmo - que fique com ele 1 ou 2 horas, o que for.

Se me custa deixá-lo sabendo que estou em casa? Claro que custa, e muito. Aliás, ele até fica em casa muitas vezes à conta disso. Mas eu tento levá-lo a maioria dos dias da semana para que se adapte bem e para que no dia - que espero que esteja próximo - em que eu for trabalhar e não houver flexibilidade em horários e ele tiver que lá ficar de segunda a sexta feira, não lhe custe e já esteja mais do que adaptado.

Este é o meu ponto de vista e parece-me bastante coerente e acertado.

6 comentários:

  1. E parece-me que tens toda a razão. Realmente por um lado, e o mais fácil de apontar é que estando tu desempregada e supostamente com tempo livre terias tempo de estar com ele sem necessidade de gastar dinheiro num infantário, mas por outro há que pensar no bebé, e é verdade que evita esse choque da transição para uma vida um pouco mais "independente" sem a presença constante dos pais e até mesmo para criarem as suas defensas, porque nos infantários ao contactarem com mais pessoas ficam mais suscetíveis de apanharem todo o tipo de doenças mas também mais resilientes, portanto acho que fazes muito bem :)

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    1. Se tivesse outra opção não o metia no infantário mas, não havendo, também acho que lhe faz bem na sua "independência" e até tem evoluído bastante nos últimos tempos. Bjinhos

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    2. É verdade, ficam mais "espevitados" também :) beijinho

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  2. Eu não a metia na creche estando em casa mas, claro, tinha quem me desenrascasse se precisasse de ir a algum lado ou fazer alguma coisa. Na tua situação compreendo. A minha tb está num privado, por opção (os públicos da zona têm má fama), pago 145 euros mas tenho de levar fraldas, toalhitas e iogurtes. BJ

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    1. Eu também não o queria meter, mas depois não tenho ninguém que fique com ele quando preciso. Esta situação deixa-me desconfortável mas não posso fazer nada... 145€ é muito bom, mesmo que leves as toalhitas e iogurtes :)

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  3. Há opções difíceis que muitas vezes têm que ser tomadas mesmo contra a nossa vontade.

    Isabel Sá
    http://brilhos-da-moda.blogspot.pt

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